Veja como a correção pela inflação em 2026 pode zerar seu IR e aumentar seu poder de compra

Descubra como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode beneficiar milhões de brasileiros e qual o impacto da correção pela inflação. Entenda as implicações econômicas e sociais dessa mudança.

Publicado em 09/12/2024 por Redação Credyd.

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A proposta do governo federal de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil promete dobrar o número de trabalhadores isentos. Atualmente, cerca de 10 milhões de brasileiros estão dispensados do pagamento do imposto, e com a nova medida, esse número pode chegar a 20 milhões. Essa mudança, prevista para entrar em vigor em 2026, é parte da chamada “reforma da renda”, que visa aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de menor renda e a classe média.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a nova faixa de isenção beneficiará não apenas os que ganham até R$ 5 mil, mas também aqueles com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil, totalizando cerca de 16 milhões de pessoas. Essa proposta é vista como uma forma de estimular a economia, uma vez que a maior parte desses trabalhadores tende a consumir a totalidade de sua renda, contribuindo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Veja como a correção pela inflação em 2026 pode zerar seu IR e aumentar seu poder de compra
Créditos: Secom

O Impacto da Correção pela Inflação

Embora a proposta de isenção seja bem recebida, especialistas alertam que a correção da tabela do IRPF pela inflação poderia ter um impacto ainda maior. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) estima que, se a tabela fosse atualizada com a correção integral da inflação, cerca de 30,6 milhões de contribuintes estariam isentos. Isso representa um número significativamente maior do que o previsto pelo governo.

O valor limite para isenção, segundo a Unafisco, seria de R$ 5.084,04, um pouco acima do que está sendo proposto. Essa diferença pode resultar em um aumento considerável na renda disponível para as famílias, o que, por sua vez, pode impulsionar o consumo e, consequentemente, a economia. O presidente da Unafisco, Mauro Silva, destaca que 65% do PIB brasileiro é proveniente do consumo das famílias, o que reforça a importância de medidas que aumentem a renda disponível.

Os Efeitos Econômicos da Isenção

A isenção do IRPF para os trabalhadores de menor renda pode ter efeitos positivos na economia, mas também levanta preocupações sobre a inflação. O economista João Leme, da Tendências Consultoria, aponta que um aumento no consumo pode pressionar a oferta e, consequentemente, gerar um ciclo inflacionário. Algumas previsões já indicam que a inflação pode descolar da meta estabelecida pelo Comitê Monetário Nacional, o que poderia levar a um aumento nas taxas de juros.

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Além disso, a isenção pode impactar as contas públicas, com uma estimativa de perda de arrecadação entre R$ 35 a R$ 45 bilhões. O governo, no entanto, argumenta que essa perda será compensada pelo aumento da contribuição de quem ganha acima de R$ 50 mil mensais. Essa estratégia visa garantir que a reforma não traga um impacto fiscal negativo, mas a eficácia dessa abordagem ainda é objeto de debate entre economistas.

Reforma Tributária e Justiça Fiscal

A proposta de isenção do IRPF está inserida em um contexto mais amplo de reforma tributária, que busca corrigir injustiças fiscais e promover uma maior equidade na distribuição da carga tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que a reforma, combinada com a reforma tributária, permitirá que grande parte da população não pague impostos sobre a renda e sobre produtos da cesta básica, como a carne.

Essa mudança é vista como uma oportunidade para corrigir desigualdades históricas no sistema tributário brasileiro. Economistas como Clara Brenk, da UFMG, defendem que a isenção deve ser acompanhada de um aumento na tributação sobre os mais ricos, garantindo que a carga tributária seja mais justa e progressiva. A ideia é que aqueles que podem contribuir mais, efetivamente, paguem mais, promovendo uma maior justiça social.

Desafios e Oportunidades

Apesar das expectativas positivas em relação à isenção do IRPF, existem desafios a serem enfrentados. A necessidade de um equilíbrio entre a redução da carga tributária para os mais pobres e a manutenção da arrecadação para o governo é um dos principais pontos de atenção. A implementação de uma reforma tributária que realmente promova a justiça fiscal é um desafio complexo, que requer um diálogo aberto entre governo, sociedade civil e especialistas.

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Além disso, a questão da inflação e suas implicações para a economia brasileira não pode ser ignorada. O aumento do consumo pode ser benéfico, mas também pode trazer riscos que precisam ser geridos com cautela. A combinação de políticas fiscais e monetárias será crucial para garantir que os objetivos da reforma sejam alcançados sem comprometer a estabilidade econômica.

O Futuro do Imposto de Renda no Brasil

A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é um passo significativo em direção a uma maior equidade fiscal no Brasil. No entanto, a correção pela inflação poderia ampliar ainda mais os benefícios, atingindo um número maior de contribuintes. A discussão sobre a reforma tributária e a necessidade de um sistema mais justo e progressivo é fundamental para o futuro econômico do país.

À medida que o debate avança, é essencial que todos os envolvidos considerem não apenas os benefícios imediatos da isenção, mas também as implicações de longo prazo para a economia e a sociedade. A construção de um sistema tributário mais justo e eficiente é um desafio que requer compromisso e colaboração de todos os setores da sociedade.

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ESCRITO POR: Redação Credyd
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