O que acontece com o consignado privado se o salário diminuir?

Saiba o que pode acontecer com as possíveis reduções de valores pagos pelos serviços prestados.

Publicado em 18/04/2025 por Rodrigo Duarte.

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Com o lançamento das novas regras do empréstimo consignado privado, essa acabou se tornando uma possibilidade de linha de crédito acessível para pessoas que, antes, não conseguiam ter os descontos em folha e tinham que se contentar com as modalidades mais genéricas de empréstimo pessoal. Mas esse tipo de consignado também acaba sofrendo com algumas particularidades do mercado de trabalho.

O que acontece com o consignado privado se o salário diminuir?
Créditos: Internet

Quando foi pensado, o empréstimo consignado tinha como foco apenas os profissionais que prestam serviço para órgãos públicos ou então para aposentados do INSS e de outras instituições de previdência. Pensionistas e outros beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social também passaram a ser contemplados, justamente em virtude da segurança e da recorrência dos pagamentos.

Ou seja, na grande maioria dos casos os servidores públicos contam com o que pode ser chamado de estabilidade, que nada mais é do que a certeza de que a pessoa vai continuar trabalhando para o mesmo órgão até o momento da sua aposentadoria. Já no caso dos aposentados e pensionistas, de acordo com as leis sobre o tema, o pagamento também é considerado não apenas recorrente e vitalício, permitindo que as pessoas sigam recebendo esses valores até o final das suas vidas.

E isso permite que as instituições financeiras tenham mais garantias de que, de fato, vão conseguir receber os valores das parcelas dos empréstimos contratados, já que enquanto houver o pagamento, também serão feitos os descontos, até que o contrato seja completamente quitado.

Mas na iniciativa privada as coisas funcionam de uma forma completamente diferente. Apesar de existir uma série de leis trabalhistas e que os profissionais contratados de fato conseguem comprovar um fluxo de renda que permite o comprometimento com o pagamento de uma determinada parcela, tudo pode mudar a qualquer momento.

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Um funcionário de empresa privada pode ser demitido a qualquer momento, por exemplo. Além disso, as empresas também acabam tendo a liberdade de fazer alterações nas condições gerais de trabalho, até mesmo reduzindo o salário recebido.

Nesses casos, é importante que o trabalhador saiba o que pode acontecer com o seu empréstimo consignado a partir do momento que acontece alguma mudança no seu salário, como uma redução.

O que é e como funciona o consignado privado?

O novo consignado privado funciona como uma grande plataforma de empréstimos que qualquer funcionário que esteja devidamente contratado dentro do regime CLT pode acessar. Através de um sistema unificado, o profissional pode ter acesso a diversas ofertas de crédito consignado, oferecidas por diferentes bancos.

A grande diferença do consignado para um empréstimo pessoal é que os descontos das parcelas devem ser feitos diretamente da folha de pagamento do funcionário. As empresas se tornam responsáveis por fazer esse procedimento, removendo o valor da parcela do pagamento devido e repassando esse valor para a instituição financeira.

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Tudo acontece através de um sistema que já é utilizado pelas empresas para que consigam cumprir outros compromissos que possuem com seus profissionais, como o pagamento de FGTS, por exemplo.

Seguindo a mesma fórmula do consignado público, esse tipo de empréstimo privado também leva em consideração a margem consignável disponível para cada profissional. Nesse caso, ele funciona como uma espécie de trava, que impede que o trabalhador comprometa todo o seu salário apenas com o pagamento das parcelas dos empréstimos. Assim, evita-se que ele não consiga pagar o resto das suas contas.

Atualmente a margem do consignável adotada pelo consignado privado é de 35% do salário líquido. Ou seja, o funcionário não pode comprometer mais de 35% do seu rendimento com o pagamento das parcelas dos empréstimos consignados adquiridos.

O que acontece se o salário diminuir?

Existem duas situações nesse caso. A primeira delas é quando o profissional ainda não tomou nenhum empréstimo consignado. Nesse caso, ele simplesmente terá a margem reduzida, adaptada para sua nova realidade financeira, o que pode fazer com que ele tenha menos opções de empréstimos disponíveis.

Agora, caso o empréstimo já tenha sido feito, o cliente deve continuar pagando o mesmo valor até o final do contrato, ficando com uma espécie de “margem negativa”, impedindo que ele consiga tirar novos empréstimos, pelo menos nessa modalidade.

O que fazer caso o trabalhador não esteja conseguindo viver com o dinheiro que sobra?

Nos casos em que o trabalhador passa por uma redução de salário com contrato de empréstimo ativo, a situação pode acabar se tornando complicada, uma vez que a sua renda será ainda mais comprometida apenas com o pagamento das parcelas.

Nesse caso, a dica é buscar uma negociação diretamente com a instituição financeira, tentando renegociar o empréstimo, aumentando o tempo de pagamento mas reduzindo o valor das parcelas. Ou então buscar outro banco e tentar uma operação de portabilidade.

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ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.
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