Posso aumentar minha margem consignável? Confira dicas
Margem é importante para quem deseja buscar crédito e empréstimo.
A margem consignável é um recurso que já era bastante conhecido pelas pessoas que recebem aposentadorias ou benefícios de instituições do INSS, ou por servidoras públicas, que buscavam ofertas de empréstimos consignados. Mas o termo também passou a ser de interesse dos trabalhadores do setor privado a partir do lançamento da nova forma de empréstimo consignado, também liberado para essa categoria.

A partir do momento em que o governo começou a autorizar esse tipo de operação — os empréstimos cujas parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento do beneficiário ou do aposentado — surgiu uma preocupação com o comprometimento da renda dessas pessoas.
Afinal de contas, quem recebe esses benefícios ou salários precisa do dinheiro para sobreviver e pagar outras contas do dia a dia. Por isso, foi criada uma trava de segurança, conhecida como margem consignável, que basicamente evita o comprometimento de toda a renda apenas com o pagamento das parcelas do crédito.
Essa ideia também acabou sendo adotada no consignado privado. Ao abrir a possibilidade de qualquer trabalhador com carteira assinada obter um empréstimo consignado, a margem passou a ser aplicada para evitar que o trabalhador comprometa completamente seu salário com esses pagamentos.
Saiba mais sobre a margem consignável e confira também algumas dicas e métodos que podem ser aplicados para aumentar essa faixa:
Qual é o limite da margem consignável?
O limite adotado como margem consignável para obtenção de empréstimos é basicamente o mesmo para os beneficiários do INSS, servidores públicos e também para os profissionais CLT, mas com algumas diferenças que devem ser consideradas.
A margem levada em consideração como referência para os empréstimos consignados é de 35%. Ou seja, trabalhadores, aposentados, pensionistas e servidores públicos não podem comprometer mais de 35% dos seus rendimentos mensais com o pagamento das parcelas do empréstimo consignado.
Além disso, mais 5% pode ser destinado a uma outra operação consignável: o cartão de crédito. Nessa modalidade, parte do valor que deverá ser pago na fatura do cartão de crédito acaba sendo descontada diretamente do salário ou do benefício, com o restante sendo pago na fatura, na data de vencimento acordada no momento da contratação.
No caso dos beneficiários do INSS, existe ainda mais 5% do benefício que pode ser utilizado para operações com cartões consignáveis de benefícios — uma categoria que não foi prevista para o trabalhador CLT.
É possível aumentar a margem do consignável?
De acordo com as regras vigentes desse tipo de operação de crédito consignado, não existe a possibilidade de aumentar essa margem apenas por alguma ação feita pelo trabalhador ou pelo beneficiário. A única forma de ter um aumento nessa margem é obter um aumento no rendimento oficial — aquele registrado e repassado pelo empregador ou pelo INSS.
Como a margem é definida por uma porcentagem sobre o salário ou benefício, a partir do momento em que esse valor aumenta, a pessoa poderá ter mais margem para contratar novos empréstimos. Por exemplo: se alguém ganha R$ 2.000,00, sua margem será de R$ 700. Caso os ganhos passem para R$ 10 mil, a margem será de R$ 3.500.
Como liberar margem consignável?
Para que as pessoas consigam obter novos empréstimos consignados, a única forma é liberar essa margem. A partir do momento em que os empréstimos consignados são devidamente quitados, a margem volta a estar disponível para novas contratações.
Outra forma de conseguir obter novos empréstimos ou valores disponíveis para crédito é buscar oportunidades para refinanciar o empréstimo já contratado. Essa possibilidade deve ser consultada diretamente junto à instituição financeira. Caso o cliente consiga reduzir o valor da parcela paga mensalmente, a diferença pode ser liberada como margem, e posteriormente utilizada para novos empréstimos.
Uma alternativa que também pode ser estudada pelas pessoas é a portabilidade do consignado, que basicamente consiste em transferir o crédito ativo para outra instituição financeira. Para isso, o primeiro passo é buscar um banco que aceite a portabilidade. Ao realizar essa operação, o novo banco quita a dívida original e, posteriormente, libera um novo crédito para o cliente, seja para refinanciamento ou para disponibilizar mais dinheiro.
Algumas instituições financeiras ainda permitem a amortização da dívida, que basicamente é a antecipação do pagamento das parcelas do consignado. Como esse tipo de empréstimo normalmente leva alguns anos para ser quitado, o limite acaba ficando comprometido por um bom tempo. Ao antecipar os pagamentos, é possível ter acesso ao crédito mais rapidamente.