BaaS (Banking as a Service) e Open Finance: entenda os termos do mundo dos negócios

Ambos os termos acabam tendo impacto direto na forma como as pessoas usam os bancos no dia a dia.

Publicado em 09/11/2024 por Rodrigo Duarte.

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O mercado financeiro passou por diversas mudanças nos últimos anos, especialmente diante de todo o impacto que a tecnologia trouxe para o mundo de uma forma geral. Os bancos deixaram de ser entidades isoladas e passaram a fazer parte de uma grande rede de troca e compartilhamento de informações e dados que permitiram algumas pequenas revoluções, como o Pix.

BaaS (Banking as a Service) e Open Finance: entenda os termos do mundo dos negócios

Essas mudanças também permitem com que os serviços financeiros que o mundo digital permita possam ser acessados pelas pessoas de diferentes formas, inclusive utilizando diferentes métodos. Neste cenário, duas expressões em inglês acabaram se destacando, nem sempre com os consumidores entendendo, de fato, o que elas significam.

Saiba mais sobre esses dois importantes conceitos no mundo financeiro atual.

O que é BaaS?

A sigla BaaS foi criada a partir de um termo em inglês, Banking as a Service, que basicamente é um sistema que permite com que as empresas eu não sejam diretamente do setor financeiro consigam oferecer determinados tipos de serviços que antes podiam ser encontrados somente nos bancos propriamente ditos.

Para que isso seja possível, existe toda uma infraestrutura de tecnologia que foi criada e que permite uma integração não apenas entre os sistemas dos bancos, mas também através dos sistemas de outras empresas. O nome técnico do recurso de tecnologia utilizado para essa finalidade é APIs (Interfaces de Programação de Aplicações).

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Essas APIs são criadas com objetivo de permitir uma conexão entre as empresas que pretendem servir determinados produtos financeiros com as instituições bancárias que, de fato, acabam tendo os recursos e também o patrimônio necessário para custear e financiar as operações.

Com isso, basicamente as empresas que atuam em qualquer setor, desde que estejam devidamente autorizadas do ponto de vista legal, podem acabar incorporando os serviços financeiros no seu portfólio. Mesmo que elas tenham que obter algumas licenças, essas autorizações acabam sendo muito mais simples do que as concedidas para os bancos, o que ajuda bastante a viabilizar esse tipo de operação.

Como funciona o Banking as a Service para as empresas?

Para as empresas que atuam nos mais variados segmentos e que possuem uma forte base de tecnologia, a implementação desse tipo de recurso acaba sendo relativamente simples para os profissionais e departamentos de TI e afins. Toda a conexão entre os sistemas deve ser feitas através das Interfaces de Programação de Aplicações, que são códigos que as pessoas já utilizam no dia a dia, mesmo sem saber.

Para que esse tipo de integração aconteça, existem alguns passos que precisam ser seguidos. Antes de mais nada, tudo começa pela iniciativa de uma empresa que não atue diretamente no setor financeiro, mas que tenha interesse em oferecer esse tipo de serviço.

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Depois disso, essas empresas precisam procurar outro tipo de entidade, que são os chamados provedores BaaS. Essa é uma empresa que acaba tendo como principal serviço oferecido disponibilizar a infraestrutura de tecnologia que vai permitir essa comunicação de uma forma geral.

Esses provedores acabam disponibilizam essas APIs para que as empresas possam implementar na sua estrutura esses códigos que, de uma forma geral, conseguem se comunicar com os bancos e com as instituições financeiras, sem que aconteça um comprometimento dos dados dos clientes de uma forma geral.

Por último, as empresas conseguem oferecer esses serviços aos seus clientes, utilizando a sua estrutura comercial e de atendimento.

Para que serve o Banking as a Service para os clientes?

Já para os clientes, essas operações acabam servindo basicamente para democratizar o acesso das pessoas físicas e também as pessoas jurídicas aos serviços financeiros de uma forma geral, aumentando também a livre concorrência.

Esse tipo de tecnologia também acabou se tornando fundamental para o surgimento de uma série de bancos e carteiras digitais no mercado financeiro, uma vez que as empresas passaram a funcionar não apenas como bancos ou instituições financeiras, mas também como intermediadoras desses serviços.

Através de todo o ecossistema Banking as a Service, os clientes acabam tendo acesso a diversos outros serviços, incluindo abertura de contas digitais, emissão de cartões físicos e virtuais, transferências e pagamentos feitos através dos sistemas bancários, geração de boletos, participação dos clientes em programas de cashback e de fidelidade, e até mesmo a recarga de telefones celulares pré-pagos.

Principais vantagens do Banking as a Service para os consumidores

A principal vantagem para os clientes é o aumento da oferta e da concorrência de uma forma geral. Com isso, os clientes podem ter acesso a serviços bancários das mais variadas formas, incluindo aplicativos e plataformas que operam em outras áreas, tais como e-commerce e outros.

Isso faz com que as pessoas tenham mais opções de acesso a esses serviços no formato digital, aumentando a conveniência de uma forma geral. Menos passos acabam tendo que comparecer, de forma presencial, em uma determinada agência bancária, por exemplo, conseguindo fazer boa parte das operações utilizando um telefone celular.

Ao abrir essas possibilidades para o mercado, os clientes conseguem uma maior flexibilidade também, inclusive com as empresas tendo mais chances de conseguir personalizar a oferta para os seus clientes, de acordo com as informações e com os dados que aquele negócio já possui.

Por último, mesmo falando de uma maior troca de informações e de dados dentro de um ambiente digital, o Banking as a Service também permitido uma maior segurança para as operações de uma forma geral. Todas as soluções criadas, em termos de tecnologias, são desenvolvidas por empresas regulamentadas por diversas instituições que trabalham justamente para garantir a segurança de uma forma geral.

O que é Open Finance?

Já Open Finance acaba sendo um outro termo em inglês que se tornou muito comum dentro do segmento financeiro atual, mas que acaba fazendo referência a algo completamente diferente. Esse sistema pode ser considerado como uma evolução do Open Banking.

Trata-se de um sistema que foi desenvolvido pelo Banco Central e que tem como objetivo de tornar uma grande base regulatória para viabilizar um sistema financeiro que seja aberto. Ele permite que diferentes bancos e instituições financeiras consigam se comunicar para oferecer uma série de outros serviços.

Com isso, além dos serviços bancários que podem ser oferecidos para os clientes, é possível encontrar outros tipos de produtos, incluindo seguros, fundos de previdência, casas de câmbio, corretoras de valores, etc. Todas essas empresas podem acabar se aproveitando desses dados compartilhados para oferecer experiencias diferenciadas para os clientes.

O que muda, na prática, para os consumidores?

Existem algumas mudanças que podem ser percebidas na prática pelos clientes a partir da oferta de determinados produtos e serviços dentro do sistema Open Finance. Uma das principais é a possibilidade do cliente visualizar produtos e serviços financeiros de diversas instituições no mesmo sistema bancário, sem que ele tenha que ficar pulando de um site para outro ou de um aplicativo para o outro.

Mas é importante que o consumidor e o cliente dos bancos entendam que não estamos falando de um aplicativo propriamente dito ou de um serviço, e sim de um sistema que engloba uma série de empresas, incluindo bancos, fintechs, corretora de seguros, empresas de pagamentos, cooperativas de crédito, plataformas de investimento, fundos de previdência, corretoras de valores, fundos de pensão, etc.

Principais vantagens do Open Finance para os consumidores

Melhores condições para o consumidor – Um sistema aberto, pelo menos em teoria, permite que exista uma maior competição entre as empresas pelos clientes. Essas, por sua vez, acabam tendo oferecer condições mais atraentes para conseguir a atenção desses consumidores. Com isso, os banco e outras empresas do segmento podem conseguir tarifas mais interessantes e atraentes, por exemplo.

Integração de serviços e de informações – Com os clientes compartilhando suas informações entre diferentes bancos e empresas, é possível encontrar as informações de diferentes locais concentradas em um único espaço. Por exemplo, as pessoas que possuem contas em diversos bancos podem conseguir visualizar as informações em único aplicativo, por exemplo.

Opções personalizadas – Hoje em dia os bancos já utilizam seus sistemas com o objetivo de personalizar as propostas e as condições de acordo com cada histórico e também de acordo com cada perfil. O Open Finance consegue ampliar essa possibilidade, com os bancos e demais empresas levando em consideração dados que podem ser obtidos e produzidos por outras empresas. Por exemplo, um cartão de crédito com limite mais elevado em um banco a partir das propostas existentes em outras instituições financeiras.

Maior controle dos seus dados – Em termos de privacidade de dados e informações de uma forma geral, em um primeiro momento o Open Finance pode parecer algo que não traz nenhuma vantagem para os clientes. Mas o Banco Central também criou uma série de opções de controle justamente para que as pessoas consigam controlar como seus dados estão sendo analisados e utilizados pelas outras empresas.

Todo mundo é obrigado a aderir ao Open Finance?

A partir dessa preocupação que o Banco Central demonstrou para com os dados dos clientes de uma forma geral, existe a possibilidade da pessoa decidir quais são os dados e as informações que serão compartilhadas com os outros bancos e instituições financeiras de uma forma geral.

Um dos compromissos firmados por cada banco e cada empresa que adere ao Open Finance é ser transparente com seus clientes. Com isso, eles devem sempre oferecer, em seus sistemas de atendimento (sites, aplicativos) uma opção que permita com que o cliente escolha se eles desejam compartilhar seus dados ou não.

Além disso, outras opções também poderão ser encontradas, incluindo quais serão os dados coletados e compartilhados e por quanto tempo essa autorização terá validade. Os clientes também devem sempre autenticas suas escolhas mediante login e senha.

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ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.
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