Comprovantes falsos de Pix e outros golpes: saiba como evitar

Entenda melhor como funciona essa ferramenta de transferência para evitar cair em tentativas de fraudes.

Publicado em 05/09/2024 por Rodrigo Duarte.

Anúncios

O Pix atualmente está consolidado como a principal forma de transferência de recursos financeiros no Brasil, ao mesmo tempo que também se consolidou como a principal forma de pagamento. O Banco Central segue estudando novas funcionalidades a partir do grande sucesso que esse método acabou obtendo junto ao público de uma forma geral.

Comprovantes falsos de Pix e outros golpes: saiba como evitar

De acordo com alguns dados consolidados divulgados no Banco Central, até o final do mês de julho do ano de 2024 tivemos mais de 778 milhões de chaves que foram cadastradas no sistema do BC. A quantidade de usuários individuais também segue aumentando, em uma taxa menor de crescimento, pois a adesão inicial acabou sendo muito ampla, mas a quantidade de transações está aumentando também.

E isso acontece não apenas em função da quantidade de usuários, mas também dos novos recursos que foram sendo lançados e implementados pelo Banco Central. Atualmente os correntistas e usuários do Pix acabam conseguindo ir muito além de apenas enviar dinheiro para outras contas. Eles conseguem programar as transferências e fazer pagamentos de contas e de compras feitas diretamente no estabelecimento.

Um outro recurso que também acabou ajudando bastante a ampliar a quantidade de usuários do Pix foi a decisão do Banco Central de transformar essa forma como a padrão quando o assunto é envio de moedas de forma eletrônica, substituindo o antigo TED. E as novidades que já foram anunciadas vão transformar o Pix até mesmo em uma forma de compra em crédito.

Mas, com esse aumento na quantidade de usuários e também de transações, também aumentou consideravelmente a quantidade de fraudes e tentativas de golpes que foram registradas envolvendo o Pix. E como o sistema acaba tendo uma base tecnológica muito forte, muitas destas fraudes acabam envolvendo justamente os perigos dos sistemas de tecnologia encontrados no mercado de uma forma geral.

Ante de conferir quais são os esquemas de golpes mais comuns envolvendo o Pix, especialmente a elevada circulação de comprovantes falsos, entenda melhor como funciona este sistema.

Como funciona o Pix?

O Pix é um sistema de transferência de recursos entre contas bancárias desenvolvido através das tecnologias mais recentes de comunicação e também fortemente amparado nas questões de segurança digital. Por conta disso, um dos pré-requisitos para realizar essa transferência de dinheiro é utilizar um dispositivo que esteja devidamente conectado na internet.

Atualmente o mais utilizado para fazer esse tipo de operação acaba sendo justamente o smartphone de cada pessoa, com aplicativos dos bancos e das instituições financeiras que conseguem fazer todo o sistema de autenticação e também se comunica com o sistema interligado dos bancos para que a transferência aconteça.

Para que o Pix efetivamente funcionasse da forma como ele foi concebido, um dos principais pontos era conseguir garantir uma comunicação efetiva para que o dinheiro saísse da conta de quem estava mandando e entrasse na conta de quem estava recebendo em poucos segundos. E esse acabou se tornando o principal teste pelo qual o Pix passou e foi aprovado.

Além disso, foram implementados diversos sistemas de segurança que atuam nos mais variados momentos e em diferentes etapas da transação. Para que a pessoa consiga acessar a conta e confirmar o envio, por exemplo, o usuário deve passar pelos sistemas de segurança do próprio banco. E no momento que a transação é feita os sistemas do Banco Central entram em cena para identificar qualquer movimentação estranha que possa estar acontecendo.

Quais são as 5 chaves Pix?

Um dos principais diferenciais do Pix quando comparado com outros sistemas de transferência eletrônicas que já existiam no mercado financeiro é a identificação dos usuários através de um sistema de chaves. Ao invés do usuário conseguir ser identificado com todos os seus dados pessoais e também com os dados completos bancários, como número de conta e agência, as pessoas conseguem enviar e receber Pix com apenas uma única informação.

Para isso, foram definidas as chaves, que são dados individuais cadastrados junto ao sistema do Banco Central e vinculado a uma determinada conta em um banco que possua acesso ao sistema. Entender o funcionamento dessas chaves é muito importante justamente para conseguir entender o funcionamento do Pix de uma forma geral, ajudando a se precaver de determinadas tentativas de golpes.

Atualmente as chaves que são utilizadas para identificar os usuários no momento do envio de um Pix são as seguintes:

CPF / CNPJ – No caso das contas em nome das pessoas físicas, o dado de CPF pode ser utilizado para identificar a conta. Já no caso de quem abriu uma conta empresarial, o CNPJ também pode acabar sendo cadastrado como chave. Esse tipo de chave acaba sendo mais interessante para as transferências com as pessoas mais próximas, já que este pode ser considerado como um dado sensível;

E-mail – Qualquer endereço de e-mail pode acabar sendo utilizado como chave de acesso para que as pessoas consigam fazer um Pix. Mas é importante deixar claro que, por mais que muitas pessoas tenham mais de um e-mail cadastrado, cada correntista pode cadastrar apenas um e-mail por vez. E a validação da chave deve ser feita mediante um código que será enviado para essa conta de e-mail, portanto os usuários precisam ter acesso a essa conta;

Número de telefone – O número de telefone dos usuários também pode acabar se tornando a chave Pix. Neste caso a regra é a mesma do e-mail: mesmo que a pessoa tenha mais de um número de telefone, cada pessoa pode manter apenas um número de telefone por vez no Pix, independente da quantidade de contas no banco. Além disso, as pessoas ainda precisam fornecer um número que esteja ativo, pois a conta deverá ser validada através de um código que será enviado pelo próprio telefone.

Chave aleatória – Essa chave não funciona como as demais, pois não se trata de um dado fixo. Na verdade, é um conjunto único com 32 caracteres que acaba sendo gerado automaticamente, dentro do aplicativo do banco. Essa chave acaba sendo mais interessante para as pessoas que preferem proteger os seus dados e suas informações pessoais. Mas como é um código extenso e aleatório, ele deverá ser encaminhado para quem vai fazer o Pix através de mensagem, pois será muito difícil ditar esse dado.

QR Code – O QR Code funciona basicamente da mesma forma que o código aleatório, mas ele é representado pela imagem do código, que pode ser lida pelos telefones. Com isso, a privacidade de quem vai receber o Pix também está garantida, mas o pagamento acaba acontecendo de uma forma muito mais simples e fácil. E como o QR Code gerado é fixo, as pessoas podem imprimir ou manter ele exposto em um determinado local para que as pessoas consigam fazer a leitura de uma forma muito mais simples e fácil.

O que é o golpe do comprovante falso do Pix?

Mesmo que a transferência Pix aconteça na hora, o que permite com que as pessoas verifiquem no mesmo momento se o dinheiro de fato na conta, pode existe a necessidade dessa comprovação através de um documento emitido ao final da transação, que é justamente o comprovante.

E um dos golpes mais comuns que passou a ser registrado envolvendo o Pix é justamente o envio de um comprovante falso de transação. Ele basicamente é enviado indicando que a transação de fato foi feita, quando, na verdade, o dinheiro não saiu da conta de quem deveria encaminhar a transferência.

Dicas para conseguir identificar um comprovante de Pix falso

Verifique problemas na formatação e na ortografia – Os farsantes normalmente tentam emular o design e a forma de um comprovante de Pix que de fato acaba sendo emitido por uma determinada instituição financeira. Mas, na maioria dos casos, esse Pix acaba tendo alguns problemas na forma como as informações estão organizadas, e até mesmo podem ter falhas grotescas de ortografia;

Identifique possíveis inconsistências nos dados principais – Os comprovantes falsos também podem acabar apresentando algumas inconsistências naqueles dados que são considerados como os principais, como valor, hora, data, etc.;

Valide o código de identificação – Ao final do comprovante de envio de Pix acaba sendo gerado sempre um determinado código de identificação, gerado pelo sistema. No caso do comprovante falso, este código aleatório vai acabar sendo um conjunto de números e letras que não terão nenhuma validade. Esse código pode ser validado diretamente nos aplicados de cada banco, permitindo que os correntistas tenham acesso a uma prova do sistema afirmando que aquele Pix, de fato, não aconteceu.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.
Faça login
ou
Criar conta
ou
Recuperar acesso

Informe o seu e-mail para que possamos enviar novas instruções de acesso.