Como investir na bolsa de valores americana? Veja dicas

Descubra como investir na maior bolsa de valores do mundo, entenda os benefícios da diversificação internacional e aprenda estratégias práticas para começar seus investimentos no mercado americano.

Publicado em 13/02/2025 por Redação Credyd.

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O mercado financeiro americano representa a maior e mais influente economia do mundo, atraindo investidores globais que buscam diversificação e oportunidades de crescimento. Com empresas icônicas como Apple, Amazon e Tesla, a bolsa americana se tornou um destino obrigatório para quem deseja construir um portfólio internacional robusto.Em 2024, mais de 65% dos investidores brasileiros já consideram incluir ativos americanos em suas carteiras, segundo dados da B3.

Este guia completo vai te mostrar exatamente como fazer parte desse seleto grupo e aproveitar as oportunidades do mercado americano.

Como investir na bolsa de valores americana? Veja dicas
Créditos: Freepik

Vantagens e Benefícios de Investir na Bolsa Americana

O mercado de ações americano oferece uma solidez incomparável, fundamentada em uma economia que representa cerca de 25% do PIB global. Com mais de 6.000 empresas listadas em suas principais bolsas, os Estados Unidos proporcionam um ambiente de investimento que combina inovação, regulamentação robusta e liquidez excepcional. A SEC (Securities and Exchange Commission), órgão regulador do mercado, estabelece padrões rigorosos de transparência e proteção ao investidor, criando um ambiente mais seguro para alocação de capital.

A diversificação geográfica é outro benefício crucial ao investir no mercado americano. Ao alocar recursos em diferentes mercados, você reduz significativamente o risco específico de um único país. Estudos mostram que carteiras globalmente diversificadas podem reduzir a volatilidade em até 30% comparadas a portfólios concentrados em um único mercado. Além disso, muitas empresas listadas nas bolsas americanas são multinacionais, oferecendo exposição natural a diferentes regiões e setores econômicos.

A proteção cambial emerge como uma vantagem estratégica ao investir na bolsa americana. Com a exposição ao dólar, seu patrimônio ganha uma camada adicional de proteção contra a desvalorização do real e outros riscos macroeconômicos locais. Historicamente, o dólar tem se mostrado uma moeda de reserva global, mantendo seu valor mesmo em períodos de turbulência econômica. Esta característica torna os investimentos em ativos americanos particularmente atrativos para investidores que buscam preservação de capital no longo prazo.

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O acesso a setores inovadores e empresas líderes globais completa o quadro de vantagens. O mercado americano concentra as principais empresas de tecnologia, biotecnologia, inteligência artificial e outros setores de ponta que muitas vezes não possuem representantes listados na bolsa brasileira. Em 2024, por exemplo, as empresas de tecnologia representavam mais de 30% do índice S&P 500, oferecendo exposição direta ao setor mais dinâmico da economia global.

Benefício Impacto no Investidor Estatística Relevante
Diversificação Global Redução de Risco Até 30% menos volatilidade
Proteção Cambial Preservação Patrimonial Hedge contra desvalorização do Real
Acesso à Inovação Exposição a Setores de Crescimento 30% do S&P 500 em Tecnologia
Liquidez Facilidade de Negociação +6.000 empresas listadas

Principais Bolsas de Valores dos EUA e Suas Características

A NYSE (New York Stock Exchange), fundada em 1792, representa o coração do mercado financeiro americano, com uma capitalização de mercado que ultrapassa US$ 30 trilhões. Localizada no icônico endereço Wall Street, 11, em Manhattan, esta bolsa mantém critérios rigorosos para listagem de empresas, incluindo requisitos mínimos de lucro, valor de mercado e número de acionistas. Empresas tradicionais como Walt Disney, Coca-Cola e Boeing escolheram a NYSE como sua casa, reforçando sua reputação como símbolo do capitalismo americano.

Por outro lado, a NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) surgiu em 1971 como a primeira bolsa eletrônica do mundo, revolucionando o mercado financeiro. Com foco em empresas de tecnologia e inovação, abriga gigantes como Apple, Microsoft e Amazon. Seu processo de listagem é considerado mais flexível que o da NYSE, permitindo que empresas em crescimento acessem o mercado de capitais mais cedo. Em 2024, a NASDAQ ultrapassou US$ 24 trilhões em valor de mercado, consolidando sua posição como segunda maior bolsa global.

As diferenças entre as duas bolsas vão além do perfil das empresas listadas. A NYSE utiliza um sistema híbrido de negociação, combinando tecnologia com especialistas humanos (market makers) que facilitam as transações. Este modelo é especialmente valorizado em momentos de alta volatilidade, onde a intervenção humana pode ajudar a manter a ordem do mercado. A NASDAQ, em contrapartida, opera de forma totalmente eletrônica, permitindo execução mais rápida de ordens e custos operacionais reduzidos.

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Um aspecto fundamental para investidores é compreender os principais índices destas bolsas. O Dow Jones Industrial Average e o S&P 500, predominantemente compostos por empresas da NYSE, são considerados os principais termômetros da economia americana. O NASDAQ Composite e o NASDAQ-100, por sua vez, refletem o desempenho do setor tecnológico e são frequentemente mais voláteis, oferecendo tanto maior potencial de retorno quanto risco mais elevado.

Característica NYSE NASDAQ
Ano de Fundação 1792 1971
Capitalização de Mercado US$ 30+ trilhões US$ 24+ trilhões
Sistema de Negociação Híbrido Totalmente Eletrônico
Perfil Predominante Empresas Tradicionais Empresas de Tecnologia

Como Começar a Investir no Mercado Americano: Guia Passo a Passo

O primeiro passo para investir no mercado americano é escolher a forma de acesso que melhor se adequa ao seu perfil e objetivos. Existem dois caminhos principais: o investimento direto, através de uma conta em corretora internacional, ou o investimento indireto, utilizando instrumentos disponíveis no mercado brasileiro. Para investimentos diretos, é necessário abrir uma conta em uma corretora que opere nos EUA, processo que pode ser realizado remotamente e geralmente leva cerca de 3 a 5 dias úteis para aprovação.

A documentação necessária para abrir uma conta internacional inclui passaporte ou RG, comprovante de residência e declaração de imposto de renda. O próximo passo envolve a transferência de recursos, que pode ser feita via remessa internacional ou através de empresas especializadas em câmbio. Os custos de transferência variam entre 0,5% e 2% do valor enviado, dependendo do método escolhido. É importante considerar que valores acima de R$ 10.000 precisam ser declarados ao Banco Central do Brasil.

Para quem prefere começar pelo mercado brasileiro, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) representam uma excelente porta de entrada. Estes certificados são negociados na B3 e replicam o desempenho de ações internacionais. Em 2024, existem mais de 800 BDRs disponíveis, permitindo acesso a praticamente todas as principais empresas americanas. Outra opção são os ETFs que seguem índices americanos, como o IVVB11, que replica o S&P 500, oferecendo exposição às 500 maiores empresas dos EUA em uma única aplicação.

A escolha da plataforma de investimentos merece atenção especial. Corretoras internacionais populares como Charles Schwab, TD Ameritrade e Interactive Brokers oferecem interfaces em português e suporte dedicado a investidores brasileiros. Os custos de corretagem variam significativamente: algumas corretoras cobram por operação (entre US$ 0,65 e US$ 6,95), enquanto outras oferecem taxa zero para ações e ETFs. Considere também as taxas de manutenção da conta e custos de câmbio ao fazer sua escolha.

Método de Investimento Requisitos Mínimos Custos Médios Tempo de Setup
Conta Internacional US$ 1.000 0,5% - 2% (câmbio) 3-5 dias úteis
BDRs R$ 100 0,5% - 1% (corretagem) Imediato*
ETFs Brasil R$ 100 0,3% - 0,7% (taxa adm.) Imediato*
*Considerando conta já ativa em corretora brasileira

Tipos de Investimentos Disponíveis na Bolsa Americana

O mercado americano oferece uma vasta gama de instrumentos financeiros, começando pelas ações individuais (stocks). As blue chips, empresas consolidadas como Microsoft, Johnson & Johnson e Procter & Gamble, são conhecidas por sua estabilidade e histórico de pagamento de dividendos. Em contraste, as growth stocks, como Tesla e Nvidia, focam em crescimento acelerado e reinvestimento dos lucros. Esta diversidade permite que investidores construam carteiras alinhadas com diferentes objetivos de investimento e tolerância a risco.

Os ETFs (Exchange Traded Funds) representam uma revolução no acesso a investimentos diversificados. Fundos como o SPY, que replica o S&P 500, e o QQQ, que segue o NASDAQ-100, permitem exposição a centenas de empresas com uma única aplicação. Em 2024, o mercado americano conta com mais de 2.500 ETFs, cobrindo praticamente todos os setores, regiões e estratégias de investimento imagináveis. A taxa média de administração destes fundos caiu para 0,16% ao ano, tornando-os extremamente competitivos em termos de custo.

Os REITs (Real Estate Investment Trusts) oferecem uma porta de entrada para o mercado imobiliário americano. Empresas como Prologis (logística), Digital Realty (data centers) e Welltower (saúde) permitem investir em portfólios diversificados de imóveis comerciais com alta liquidez e distribuição obrigatória de 90% dos lucros tributáveis. O setor apresentou retorno médio anual de 10,2% nos últimos 20 anos, combinando renda passiva com potencial de valorização.

As opções e outros derivativos representam instrumentos mais sofisticados, permitindo estratégias de proteção (hedge) e alavancagem. Contratos de opções sobre ações da Apple, por exemplo, podem ser utilizados para limitar perdas em cenários de queda ou aumentar a exposição com investimento inicial reduzido. No entanto, estes instrumentos exigem conhecimento técnico aprofundado e são mais adequados para investidores experientes que compreendem completamente os riscos envolvidos.

Tipo de Investimento Perfil de Risco Investimento Mínimo Retorno Histórico Médio (20 anos)
Blue Chips Moderado US$ 1 (fracionado) 8-12% a.a.
ETFs Variável US$ 50-300 9-11% a.a.
REITs Moderado-Alto US$ 20-100 10,2% a.a.
Opções Alto US$ 100-1000 Variável

Riscos e Considerações ao Investir no Mercado dos EUA

O risco cambial representa uma das principais considerações ao investir no mercado americano. As flutuações do dólar em relação ao real podem tanto amplificar ganhos quanto aumentar perdas quando convertidos para a moeda brasileira. Em 2024, por exemplo, uma valorização de 5% em uma ação americana poderia se transformar em um ganho de 15% em reais se o dólar se apreciasse 10% no período. O inverso também é verdadeiro, e quedas no dólar podem reduzir ou até eliminar ganhos obtidos no mercado de ações.

A tributação dos investimentos internacionais merece atenção especial. Investidores precisam declarar seus investimentos no exterior à Receita Federal quando o valor total ultrapassar US$ 100.000. O imposto sobre ganho de capital segue a tabela regressiva, com alíquota de 15% para operações de curto prazo e dividendos. Além disso, os EUA aplicam uma retenção na fonte de 30% sobre dividendos pagos a investidores estrangeiros, embora existam tratados que podem reduzir esta alíquota em alguns casos.

O risco político e regulatório americano não pode ser ignorado. Mudanças na política monetária do Federal Reserve, eleições presidenciais e tensões geopolíticas podem causar volatilidade significativa no mercado. Em 2024, por exemplo, preocupações com inflação e ajustes nas taxas de juros provocaram oscilações expressivas nos principais índices. A regulamentação do mercado também pode mudar, afetando setores específicos como tecnologia, saúde ou energia.

A diferença de fuso horário impacta a operacionalização dos investimentos. O mercado americano opera das 10h30 às 17h (horário de Brasília), exigindo adaptação dos investidores brasileiros. Ordens programadas e alertas de preço podem ajudar a contornar esta limitação, mas eventos importantes como divulgação de resultados e anúncios corporativos frequentemente ocorrem fora do horário comercial brasileiro.

Risco Impacto Potencial Estratégias de Mitigação
Cambial Alto Hedge cambial, diversificação temporal
Tributário Moderado Planejamento tributário, documentação adequada
Político/Regulatório Moderado-Alto Diversificação setorial, horizonte longo prazo
Operacional Baixo Ordens programadas, alertas de preço

Estratégias de Diversificação e Proteção Cambial

A diversificação eficiente no mercado americano começa com a alocação estratégica entre diferentes setores e classes de ativos. Uma carteira bem estruturada tipicamente combina empresas de diversos segmentos: tecnologia (25-30%), saúde (15-20%), consumo (15-20%), finanças (10-15%) e outros setores complementares. Esta distribuição ajuda a reduzir o risco específico de cada setor enquanto mantém exposição ao crescimento de diferentes áreas da economia.

A proteção cambial pode ser implementada através de várias estratégias. O dollar-cost averaging, que consiste em investir valores fixos em intervalos regulares, ajuda a minimizar o impacto da volatilidade do câmbio no longo prazo. Dados históricos mostram que investidores que adotaram esta estratégia nos últimos 10 anos conseguiram reduzir em até 40% a volatilidade cambial em suas carteiras internacionais. Complementarmente, alguns investidores optam por manter uma reserva em dólar como hedge natural contra desvalorizações do real.

O balanceamento entre investimentos passivos e ativos merece atenção especial. ETFs que seguem índices amplos como o S&P 500 fornecem exposição diversificada com baixo custo, ideal para o núcleo da carteira (50-60%). A parcela restante pode ser alocada em ações individuais ou ETFs setoriais, permitindo apostas mais específicas em tendências ou empresas promissoras. Esta abordagem híbrida combina a eficiência dos investimentos passivos com o potencial de superar o mercado em setores selecionados.

O monitoramento e rebalanceamento regular da carteira são fundamentais para manter a estratégia alinhada aos objetivos. Recomenda-se revisar as alocações trimestralmente e rebalancear quando os desvios ultrapassarem 5% da alocação-alvo. Este processo disciplinado ajuda a capturar oportunidades de compra em setores que se desvalorizaram e realizar lucros em posições que se apreciaram significativamente.

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ESCRITO POR: Redação Credyd
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